Quando se começa a estudar a consciência, nota-se que em suas manifestações há sempre a presença de pensamentos, sentimentos (ou emoções) e de suas energias. Percebe-se também que essa tríade é indissociável, ou seja, a cada pensamento elaborado, há um sentimento (ou uma emoção) e um padrão de energias relacionados ao primeiro. Embora o pensamento seja o gerador do pensene, há sempre uma mescla de algum sentimento ou emoção e um padrão de energias. E, embora as energias de uma consciência possam ser alteradas por um padrão energético externo, seus pensamentos e sentimentos apenas podem ser modificados por ela própria. Assim, nota-se que há uma interligação forte entre essas três realidades. A esse conceito dá-se o nome de pensene (pensamentos + sentimentos + energias). O pensene é a unidade de manifestação da consciência. Em outras palavras, através dos pensenes, pode-se conhecer muito a respeito de uma consciência. Fazendo-se uma analogia, o padrão dos pensenes pode ser comparado a um cartão de visitas, a uma representação da consciência naquele exato momento evolutivo. Vale lembrar que o pensene é uma decorrência natural da existência dos veículos de manifestação. Embora possa ocorrer uma associação intuitiva dos pensamentos ao mentalsoma, dos sentimentos e emoções ao psicossoma e das energias ao energossoma, a consciência manifesta seus pensenes independente do veículo utilizado. Uma consciência projetada apenas de mentalsoma continua manifestando seus sentimentos e suas energias. O mesmo se passa com uma consciência projetada de psicossoma, que continua manifestando seus pensamentos e suas energias. Isso traz a reflexão de que o pensene parece ser de fato composto por 3 elementos indissociáveis: pensamentos, sentimentos/emoções e energias. Anatomizando-se as manifestações da consciência em pensamentos, sentimentos/emoções e energias, facilita-se o trabalho de identificação do próprio modo de funcionamento frente às diversas ações, ou seja, pode-se detalhar como cada veículo de manifestação reage nas situações cotidianas. Este fator abre um amplo campo para a autopesquisa, pois permite à consciência se conhecer melhor. Além disso, permite o desenvolvimento parapsíquico, pois a consciência passa a considerar os diferentes padrões energéticos em suas manifestações e percepções. Um exemplo disso ocorre quando estamos nos sentindo bem e, após adentrar um local, passamos a nos sentir cansados ou defasados energeticamente. Neste momento, pode-se atentar para os pensamentos e sentimentos que vêm à tona, o que pode ajudar a identificar os pensenes daquele ambiente. O mesmo se dá na interação com outras consciências, conscins (consciências intrafísicas) ou consciexes (consciências extrafísicas). É possível, por exemplo, estar em uma condição de tristeza e após conversar com uma consciência, sair revitalizado do encontro. Ou ainda, estar estudando temas interassistenciais e perceber pensamentos que não são seus, mas sim de uma consciex com maior nível evolutivo, cujos pensenes geram uma indizível sensação de harmonia e gratidão. Através desses conceitos, nota-se um outro conceito de grande importância prática: as energias contêm informações. Carregam consigo informações de outras consciências, de seus pensamentos e sentimentos/emoções. É através desse conceito, por exemplo, que se consegue identificar características de uma conscin ao entrar em contato com seus objetos pessoais, através do fenômeno da psicometria. A cada pensene, deixamos nossa marca na nossa holomemória. Além disso, nossos pensenes modulam certa quantidade de energia que fica impregnada por onde passamos, influenciando outras consciências que ali vivem, ou que por ali passam. Se o pensene é direcionado a outra consciência, nossas energias chegam até a pessoa, quer ela sinta ou não, podendo influenciá-la positiva ou negativamente. Assim, torna-se importante notar qual é o rastro que está sendo deixado em nossas manifestações cotidianas. Quanto maior o saldo positivo de tais rastros, maior será a liberdade de atuação em oportunidades futuras. De maneira inversa, quanto mais patológicos os nossos pensenes, maiores serão as interprisões que estaremos criando com as consciências que nos rodeiam no decorrer de nosso processo evolutivo. Uma atitude inteligente é a pessoa retornar ao local onde percebeu que deixou algum rastro pensênico negativo e exteriorizar energias positivas no local, limpando-o. O mesmo vale para as relações com outras consciências. Pensou mal de outra consciência, corrija isso pensando bem dela, por exemplo, lembrando de qualidades (trafores ou traços força) dela, e exteriorizando energias positivas para ela. Quando passamos a ficar atentos à multidimensionalidade e aos nossos pensenes, temos mais chance de perceber a atuação de outras consciências em nosso dia a dia. O nosso padrão pensênico habitual define os grupos de consciências (intra e extrafísicas) com quem mais convivemos, por afinidade. A grosso modo, há 3 grupos bem definidos de consciências com quem podemos conviver: os assediadores, os guias cegos e os amparadores. Os assediadores são aquelas consciências que exercem ação negativa direta ou indireta sobre outras, seja perturbando, provocando, perseguindo ou influenciando malevolamente. São consciências imaturas, pois ainda não compreendem o processo evolutivo. O assédio interconsciencial caracteriza-se por uma atitude mental/parapsíquica, ideia fixa ou monopensene patológico que domina o microuniverso da consciência. Os guias cegos ou amauróticos são aquelas consciências que não possuem discernimento nem visão de conjunto quanto ao maximecanismo interassistencial. Geralmente possuem foco no auxílio a consciências que lhe são simpáticas, através da tarefa da consolação e podem recorrer a artifícios anticosmoéticos para ajudá-las. São companhias frequentes no cotidiano das conscins. Podem atuar de maneira consciente ou inconsciente, e não poupam esforços em prejudicar outras consciências para atenderem a seus interesses egóicos. Possuem baixo conhecimento quanto à inteligência evolutiva e ainda manifestam sinais de misticismo, preconceitos humanos e condutas inadequadas. Podem atuar no intrafísico ou no extrafísico. Já os amparadores são aquelas consciências benfeitoras dotadas de visão de conjunto e discernimento quanto ao processo evolutivo. Atuam com cosmoética, sob a máxima “que aconteça o melhor para todos”. Não forçam nem induzem as demais consciências a uma opinião específica. Respeitam o nível evolutivo das consciências com que interagem e possuem sempre visão interassistencial, priorizando o esclarecimento, dentro dos limites cosmoéticos que o(a) assistido(a) consegue suportar. O foco de suas atuações é sempre o(a) assistido(a). Visando ampliar a conscientização da multidimensionalidade em que nos manifestamos, com seus diferentes padrões pensênicos, podemos sempre nos utilizar das chamadas sinaléticas parapsíquicas. “A sinalética parapsíquica é a existência, identificação, registro e emprego autoconsciente dos sinais anímicos, energéticos, parapsíquicos e personalíssimos, ou a percepção transcendente, indiscutível, autopersuasiva e autoconfirmadora da presença de consciexes ou de ocorrências extrafísicas, parafatos e parafenômenos em torno da pessoa parapercipiente na vigília física ordinária ou da conscin projetada, fora do soma, com lucidez.” A sinalética pode ser entendida como a campainha de alarme das parapercepções. É através dela que se pode detectar padrões pensênicos sadios e patológicos das consciências ao redor, ou seja, pode se identificar a presença de assediadores, guias cegos ou amparadores.
Panorama da Conscienciologia
O termo Conscienciologia apareceu pela primeira vez em 1981, de...