Evolução do Conhecimento Humano

O conhecimento humano evoluiu bastante desde a fase da Pré-História (desde o surgimento do homem até 4.000 aec – antes da era comum, com o surgimento da escrita). Naquela época o conhecimento era passado através da comunicação verbal, da arte, da expressão corporal e até através dos sonhos. A natureza, seus fenômenos e os aspectos humanos eram explicados através do mito – narrativa que tem como objetivo explicar fatos e fenômenos naturais de maneira simbólica, ou seja, sem o uso da razão. 

O homem primitivo ao deparar-se com o mundo, atribuía às divindades tudo aquilo que não era capaz de compreender. Os fenômenos parapsíquicos eram atribuídos a sacerdotes, curandeiros e feiticeiras que eram tidos como detentores de poderes especiais. Eram  respeitados e por vezes temidos em suas sociedades. 

Na fase da Idade Antiga (de 4.000 aec a 476 ec) a religião procurava designar os acontecimentos da vida através de divindades criadoras de tudo. Não era necessário explicar ou justificar os dogmas e as crenças, mas apenas acreditar. Nesta mesma fase começavam a surgir os primeiros filósofos (Índia, China, Grecia), que questionavam de maneira racional a existência humana e a essência da realidade, ainda de maneira teórica, mas já procurando buscar os porquês das coisas. 

Na Idade Média (476 ec a 1453 ec) as sociedades passaram a se organizar em feudos, cercadas por muralhas devido às invasões bárbaras, e a Igreja exerceu forte influência política. Neste período as crenças e os dogmas foram impostos de maneira explícita e o parapsiquismo perseguido de maneira dura, inclusive com a caça às bruxas. Vale ressaltar que, embora o Ocidente estivesse imerso no período medieval, nesta mesma fase se deu a Idade de Ouro Islâmica, com resgate e tradução de textos antigos e muitas contribuições científicas, liderando a entrada na próxima fase do conhecimento humano. 

Na fase da Idade Moderna (1453 ec a 1789 ec), o conhecimento científico moderno se desenvolveu e as sociedades passaram por grandes transformações. Tudo o que não pudesse ser experimentado e replicado por outro pesquisador não era considerado científico. Assim o estudo da consciência foi deixado de lado pela pesquisa e abordado apenas por linhas religiosas/místicas. Aqui a ciência se tornou sinônimo de materialismo. O parapsiquismo começava a ser resgatado através do estudo em sociedades secretas. 

Na fase da Idade Contemporânea (1789 ec aos dias atuais), a ciência moderna se consolidou trazendo muitos benefícios à sociedade. Nesta fase surgiu o espiritismo como ciência na França, através de Allan Kardec, movimento que mais tarde, porém, ganharia contornos  de religião em terras brasileiras. 

Na sequência, Charles Richet deu início ao movimento da metapsíquica, uma ciência destinada a estudar os fenômenos que transcendiam a Psicologia e o domínio da ciência convencional. A metapsíquica foi a precursora da Parapsicologia. A ciência moderna, como se conhece hoje, trouxe inúmeros benefícios à vida humana. É inegável sua contribuição no contexto atual que todos nós nos inserimos. 

Esse modelo que rege a ciência moderna é conhecido por alguns nomes: paradigma convencional, paradigma newtoniano-cartesiano (em referência a Newton e Descartes), paradigma fisicalista, paradigma mecanicista. Embora a ciência moderna tenha trazido muito conhecimento aos dias atuais, não fixou como objeto de estudo os fenômenos paranormais que sempre estiveram presentes na história humana, e portanto faz-se necessário um modelo que procure ampliar o paradigma científico, incluindo a explicação de tais fenômenos no campo de estudos dos seres humanos. 

O novo modelo proposto para pesquisar tal realidade denomina-se Paradigma Consciencial e a ciência que o propõe é denominada Conscienciologia, ou ciência da consciência. Pode-se entender o termo consciência no campo de estudo da Conscienciologia como o princípio inteligente, a individualidade,  que se manifesta através de cada um de nós ao longo de várias vidas, utilizando vários corpos, de maneira única e personalíssima. Em outras palavras, cada ser vivo é uma consciência, desde o vírus até os seres mais evoluídos.  

As premissas do Paradigma Consciencial são a Holossomática (conjunto de corpos pelos quais nos manifestamos), a Multidimensionalidade (vivência em múltiplas dimensões), Serialidade (série de existências milenares), Bioenergética (papel das bioenergias em nossas relações), Universalismo (visão mais ampla sobre o mundo que nos rodeia), Cosmoética (ou ética cósmica) e Autopesquisa (cada consciência é pesquisadora, laboratório e também objeto de estudo). 

Para propor estas premissas e outros conceitos delas derivados, a Conscienciologia utiliza-se de neologismos. Mais do que propor uma nova terminologia para designar ideias antigas, os neologismos dispensam o esforço de ressignificar termos, que quando utilizados, resgatam ou nos remetem a seus referenciais místico-religiosos. 

Além disso, é comum uma nova ciência utilizar-se de neologismos para designar seus objetos de estudo. A título de exemplos de neologismos, destacam-se as palavras conscin (para denominar a consciência intrafísica, manifestando-se aqui na dimensão intrafísca) e consciex (a consciência extrafísica, manifestando-se na dimensão extrafísica). Vale ainda ressaltar um dos princípios norteadores da Conscienciologia, chamado Princípio da Descrença: “Não acredite em nada, nem mesmo no que lhe informarem aqui. Experimente. Tenha suas próprias experiências”.

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