Priorizar a evolução significa direcionar as próprias escolhas visando fins pró-evolutivos. As priorizações evolutivas vão desde pequenos detalhes do dia a dia a grandes decisões impactadoras na vida da consciência. Eis alguns exemplos de prioridades essenciais na vida intrafísica:
- Cuidados com o soma (higiene, exercícios físicos, ingestão de líquidos, sexo).
- Práticas bioenergéticas diárias, com instalação do estado vibracional.
- Exercício de alguma profissão ou atividade, visando a subsistência econômico-financeira.
- Aplicação contínua do discernimento nas próprias escolhas.
- Ampliação dos conhecimentos pessoais.
- Estudo e aplicação do parapsiquismo.
- Produção de projeções conscientes.
- Esforço para atuar como isca interassistencial em favor de outras consciências.
- Aplicação contínua da tares.
- Cumprimento progressivo da programação existencial
- Busca por uma condição intrafísica cada vez mais serena.
Para implementar estas prioridades, utilizamos nossa inteligência. Todos temos diversos tipos de inteligência, tais como inteligência comunicativa, contextual, espacial, emocional, motora, lógica, linguística, música entre outras. Contudo, é a inteligência evolutiva que capacita a consciência a evitar as automimeses (autorrepetições) dispensáveis, a melancolia intrafísica (melin), o incompletismo existencial (incompléxis) e ao mesmo tempo colocar a prioridade no essencial, vivenciar o completismo existencial (compléxis), a interassistencialidade e a cosmoética. Uma das causas para que a consciência siga realizando automimenses dispensáveis ou desenvolva hábitos riscomaníacos (em que predomina o desejo pelo risco) é a priorização de emoções patológicas do psicossoma, muitas vezes subutilizando o discernimento, proveniente do mentalsoma. A vida intrafísica atual oferece muitas opções em que o subcérebro abdominal, ou a impulsividade e os emocionalismos dispensáveis podem se manifestar sem grandes questionamentos. Algumas emoções, quando em excesso, podem causar desequilíbrio e por vezes gerar situações irreversíveis, como por exemplo a insensatez, a agressividade, o egoísmo, a paixão, o fanatismo, entre outras. Muitos são os exemplos de consciências que dessomaram prematuramente por conta de atitudes inconsequentes e precipitadas. Cabe à consciência definir o que é necessário e importante para si mesma. A evolução é individual e intransferível. Todos temos mentalsoma e quanto antes desenvolvermos seus atributos, melhores condições teremos para otimizarmos a própria evolução. Aprendemos melhor através das experiências pessoais e das reflexões advindas destas vivências. Enquanto todos agirmos sempre da mesma maneira, teremos sempre os mesmos resultados. Conseguir progredir na evolução e compartilhar as experiências com as consciências com quem interagimos (conscins e consciexes) é uma das melhores formas de nos ajudarmos, evoluindo em grupo. Mas para evoluir, precisamos mudar. A mudança sempre exige esforço pessoal, para fazer de maneira diferente, de um modo melhor. Evolui mais rápido quem usa a lucidez, o juízo crítico e o discernimento para escolher as posturas e atitudes melhores, visando a interassistência. Para implementar tais mudanças, podemos contar com algumas técnicas, as quais podem nos ajudar a priorizar a própria evolução. Podem ser destacadas três: a invéxis (ou inversão existencial, na qual a conscin procura otimizar ao máximo sua vida intrafísica visando o cumprimento de sua proéxis, desde jovem), a recéxis (ou reciclagem existencial, na qual a conscin, já tendo assumido compromissos ao longo da vida, que demandam mais seu tempo, procura implementar uma mudança significativa de perspectiva, de acordo com suas possibilidades do momento) e a dupla evolutiva (técnica realizada por duas conscins, que se unem visando otimizarem suas programações existenciais, ao mesmo tempo em que desenvolvem uma convivência afetivo-sexual madura, atuando além de um casal comum). Independente da técnica a ser utilizada, três qualidades parecem mais se destacar no implementação das priorizações evolutivas: a intelectualidade (representada pela erudição e pela capacidade de reflexão), a comunicabilidade (representada pela facilidade em se comunicar, seja de maneira escrita ou falada) e o parapsiquismo (representado pelo autodomínio bioenergético e fenomênico). Os três atributos juntos reúnem o conhecimento, a prática e a capacidade de transmiti-los para outras consciências. Esta tríade é definida como tridotação consciencial. Em termos evolutivos, a interassistência parece ser a base do nosso progresso como consciências e a tridotação consciencial é uma combinação que pode otimizá-lo. No entanto, vale ressaltar que pouco adianta o desenvolvimento destas três características sem o emprego da cosmoética, da intencionalidade sadia e dos ortopensenes. Na história humana muitos são os casos de consciências que empregaram mal a intelectualidade (por exemplo na fabricação de tecnologia de guerra), a comunicabilidade (por exemplo através dos grandes manipuladores de massa) e o parapsiquismo (por exemplo através do uso das faculdades parapsíquicas para espionagem de outros países). Durante nosso processo evolutivo, vamos experimentando diversas situações, assumindo diferentes papéis, para que consigamos desenvolver novas habilidades e aprimorarmos aquilo que já temos certa desenvoltura. Aprofundamos os laços afetivos com as diversas consciências com quem convivemos a cada nova ressoma e desenvolvemos nossos veículos de manifestação até a holomaturidade. Por hipótese, habilidades que temos mais desenvolvidas foram conquistadas ao longo de muitas repetições, através de várias vidas. Repetimos nossas ações do passado e as vamos fazendo cada vez com mais facilidade e naturalidade. Contudo, neste processo, é comum passarmos vidas após vidas repetindo ações desnecessárias, que nada mais nos agregam do ponto de vista evolutivo. Em outras palavras, repetimos aquilo que já fomos em vidas passadas, muitas vezes por termos obtido relativo sucesso e também por termos medo de mudar e de enfrentar o novo (neofobia). E desta maneira, a consciência corre o risco de tornar-se antepassada de si mesma, repetindo comportamentos já implementados em retrovidas, para manter-se na zona de conforto. Torna-se importante conscientizar-se de que é preciso desenvolver novas habilidades e principalmente, cultivar o abertismo consciencial, enfrentando as próprias dificuldades. Enquanto não progredirmos naquilo que ainda não dominamos, voltaremos vida após vida para desenvolvermos o necessário. Vale lembrar que há automimeses evolutivas que são produtivas, como por exemplo, o contínuo interesse pela interassistência, pelo desenvolvimento do parapsiquismo, da projetabilidade lúcida e pela superação das próprias dificuldades. A vida humana é uma oportunidade evolutiva, que depende de possuirmos um soma que permita nossas manifestações e o desempenho das funções que nos comprometemos a realizar. De alguma forma geralmente temos uma percepção íntima de quando estamos fazendo a coisa certa ou não, ao modo de uma bússola íntima. Muitas vezes essa bússola aponta para caminhos diferentes dos convencionados pela sociedade. Da mesma forma, quando nos aproximamos dos nossos propósitos, sentimos uma sensação de bem-estar, de satisfação íntima (que não deve ser confundida com o bem-estar superficial da zona de conforto). Sabemos quando estamos acertando, evoluindo, quando estamos galgando degraus na escada da evolução e superando antigas dificuldades. A ressoma (reativação do soma, renascimento) é uma valiosa oportunidade para a consciência encontrar com velhos conhecidos do passado e reciclar suas manifestações pensênicas. Saber aproveitar o tempo intrafísico, otimizando cada decisão em prol da evolução é tarefa que exige disciplina, determinação e maturidade, mas logicamente pode nos trazer melhores condições evolutivas.