Projeciologia

A experiência fora do corpo é um fenômeno que há muito tempo atrai de maneira significativa a atenção das pessoas, independentemente da nacionalidade. Em séculos passados, a projeção da consciência era vista como tabu, tratada com misticismo e ocultismo, realizada apenas por feiticeiros e bruxas ou seres especiais. Atualmente, não é difícil encontrar informações a respeito do assunto. São filmes, novelas, livros, textos e vídeos na internet trazendo luz sobre o tema, de maneira mais aberta e direta que era tratada em tempos anteriores. Através da prática e do relato de projetores experientes, a experiência fora do corpo é descrita como um fenômeno parafisiológico, que ocorre todas as noites, para captação de energias para o soma através da descoincidência dos veículos de manifestação. O psicossoma e o mentalsoma se projetam para fora do corpo e a energia extrafísica captada é transferida ao soma através do energossoma. Este processo ocorre de maneira natural e espontânea, mas pode ser induzido e controlado, através da aplicação de técnicas projetivas. Uma das maneiras para se alcançar a projeção consciente é através da prática energética. Pelo estado vibracional (EV) pode-se mobilizar as energias para que atinjam a mesma frequência de vibração do psicossoma e então este seja projetado para fora do corpo físico. Outra maneira é através do relaxamento e imobilização completa do soma. A ideia é fazer o cérebro pensar que está sonhando. Então, o mecanismo de paralisação muscular utilizado na fase dos sonhos é ativada e o psicossoma se projeta para fora do corpo. Essas são apenas 2 entre inúmeras técnicas já elaboradas para se conseguir projetar de maneira lúcida. Durante o processo de saída do corpo ou no retorno ao corpo, pode ocorrer um fenômeno chamado catalepsia projetiva, no qual o projetor se encontra lúcido e parcialmente projetado, contudo, não consegue movimentar os músculos do soma. Aparentemente as percepções do soma são transmitidas ao paracérebro do psicossoma, mas os comandos motores do paracérebro não são transmitidos ao soma por alguma descoincidência temporária. É um fenômeno totalmente inofensivo e pode ser revertido no retorno ao soma (bastando se pensar no processo da respiração, o qual somente ocorre no soma, para se retornar ao comando do corpo físico) ou na experiência fora do corpo lúcida, através do relaxamento e direcionamento do psicossoma para fora através da vontade. Obter a projeção consciente é mais fácil a partir da catalepsia projetiva do que da vigília física ordinária, pois já há um grau de descoincidência. No segundo retorno ao soma (após a nova projeção), dificilmente ocorre nova catalepsia projetiva. Muitos são os relatos de pessoas que passaram por alguma situação traumática ou acidentes e se viram flutuando sobre o corpo físico, em uma sala de cirurgia, vendo e ouvindo nitidamente o que os médicos e enfermeiros diziam a seu respeito. Este é o fenômeno clássico da experiência de quase morte (EQM), um tipo de experiência fora do corpo. É sabido que uma pessoa pode passar por uma experiência fora do corpo quando seu corpo físico passa por uma experiência traumática e dolorosa. Isso ocorre quase como uma proteção para que a pessoa não sinta as dores físicas. A experiência de quase-morte é uma experiência lúcida fora do corpo humano, enquanto este se encontra temporariamente em estado crítico, próximo à morte biológica, e frequentemente apresenta um ou vários dos seguintes elementos: sensação de leveza, bem-estar e ausência total de dores; visão do próprio corpo inanimado; ver a si mesmo flutuando acima do corpo; passagem por um túnel de luz; contato com consciexes (seres de luz, parentes já dessomados, etc); um limite (uma cerca, um riacho, uma porta), como metáfora da passagem para a outra dimensão, que a pessoa sente que se ultrapassar, irá dessomar (desativar o soma); uma reflexão sobre a vida com alguma tarefa a ser desempenhada (filhos, um trabalho inacabado, etc) que a faz decidir voltar; a volta ao local do corpo; a percepção da equipe médica tentando reanimar o próprio corpo; o despertamento no corpo. Do ponto de vista cronológico, o fenômeno da projeção consciente pode ser dividido em 5 fases, descritas a seguir.

  1. Vigília física anterior. Na qual ocorre a preparação do projetor através do relaxamento físico e mental, e otimização da base física do projetor (roupa confortável, travesseiros, ar condicionado, material para registro das experiências). A qualidade e a temática da projeção dependem em grande parte das atividades desenvolvidas nas horas que precedem a projeção;
  2. Exteriorização da consciência. Também conhecida como fase da decolagem, ocorrendo através de diversas “portas” para a projeção consciente (hipnagogia, estado vibracional, estados xenofrênicos diversos, etc). Nessa fase, frequentemente rápida, com poucos minutos de duração, podem ocorrer vários fenômenos parapsíquicos;
  3. Período extrafísico da consciência. Vivência propriamente dita da consciência na dimensão extrafísica ou na dimensão mentalsomática;
  4. Interiorização da consciência. Fase de retorno ao soma ou coincidência dos veículos de manifestação, geralmente com a ocorrência de um banho energético pós-projetivo. Período usualmente curto, de segundos ou minutos, em que podem ocorrer vários fenômenos parapsíquicos. Importante momento para a rememoração das experiências;
  5. Vigília física posterior. Fase de registro e análise das experiências vivenciadas.

Quando estamos projetados, a percepção das experiências extrafísicas varia de acordo com o grau de lucidez que apresentamos durante o experimento. O simples fato de notar que estamos projetados já é uma medida do nosso nível de lucidez. O mais comum é a consciência, alheia ao fenômeno da projeção consciente, deixar o corpo físico e continuar repousando sobre o mesmo. Ou ainda, sair do corpo, mas atuar de maneira inconsciente quando projetada. Ou também trazendo lembranças de sonhos que muitas vezes podem ser fragmentos de PCs com baixo nível de lucidez. Quando a consciência se projeta, ela continua sendo a mesma consciência que se manifesta na dimensão intrafísica. A diferença se encontra no fato dela ter mais liberdade de atuação devido ao fato de poder se manifestar diretamente no psicossoma ou no mentalsoma. Isso significa que, se a consciência não apresenta lucidez em suas manifestações intrafísicas, dificilmente apresentará quando projetada; o oposto também é válido: desenvolver atributos como atenção, hiperacuidade, concentração e memória na dimensão intrafísica podem ajudar o projetor a qualificar seus experimentos fora do corpo físico. O domínio das emoções é fundamental para facilitar a descoincidência e para que a experiência não seja abortada de maneira precipitada. Emoções descontroladas podem interferir no julgamento crítico e nas parapercepções, causando o retorno breve ao soma ou limitando experiências mais avançadas. Além disso, manter um estado de medo, ansiedade ou de euforia antes e durante uma projeção é desaconselhável para se obter êxito no experimento. Do ponto de vista dos fatores otimizadores, e de acordo com relatos de projetores veteranos, a postura física em que a projeção consciente se dá de maneira mais comum parece ser a do decúbito dorsal, ou seja, deitado de barriga para cima. Na prática das diferentes técnicas é importante manter a postura mental de destemor e serenidade. Vencer o medo de sair do corpo é fundamental para o sucesso do experimento. O medo em geral ocorre pela falta de experiência. Outra observação para as técnicas projetivas: devido às diferentes características de cada consciência, não há uma técnica que seja indicada para todas. Assim, cabe a cada pessoa pesquisar a melhor técnica para si, inclusive combinando diferentes técnicas, de acordo com seus próprios atributos conscienciais. De maneira geral, o atributo que mais vai facilitar a projeção consciente é a vontade de se projetar. Procurar estudar sobre o assunto e saturar a mente sobre a projeção lúcida pode ajudar no desenvolvimento de novas sinapses para se alcançar o objetivo da experiência fora do corpo. Recomenda-se a leitura de livros técnicos de projeção, relatos de outros projetores ou seu próprio diário projetivo. Além disso, manter pensamentos sadios e procurar se afinizar com a intenção de se fazer assistência fora do corpo facilita o rapport (ligação) com a equipe extrafísica de amparadores que possui o mesmo objetivo, facilitando a experimentação de projeções da consciência assistidas por amparadores técnicos.

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